Como se sabe, amanhã, Quinta-Feira, vai acontecer a final da
12ª edição do engana trouxa “Reality Show” Big Brother Brasil. Além da
futilidade e falta de conteúdo já apresentadas nas edições anteriores, na
versão do ano 2012 tivemos uma falsa acusação de estupro em rede nacional. Mas,
apesar de todo o escândalo envolvendo o caso “Daniel e Monique”, o programa
chega a sua reta final sendo mais uma vez um sucesso absoluto de audiência e
lucro para a Rede Globo de televisão.
O fato de um programa tão ruim, e com tão pouco conteúdo a
ser passado ao público ter uma audiência tão alta cada vez que é transmitido me
preocupa. Isso prova que, apesar do brasileiro ser um povo alegre, feliz,
batalhador, receptivo e todas aquelas outras coisas que nós já falamos aqui no
blog em posts anteriores, continua sendo de certa forma burro e aceitando
“qualquer porcaria” que empurram pra ele. E o problema maior não está em quem
assiste, afinal, cada um tem o direito de assistir aquilo que acha útil pra si
mesmo, e se Big Brother é útil na sua vida, campeão, que você faça bom proveito
do programa. Mas voltando ao problema... O problema não está em quem assiste,
mas sim na galera que ainda perde tempo (e dinheiro) ligando ou mandando
incansáveis sms’s pra eliminar um participante. Em um único “paredão” a Rede
Globo deve conseguir o dobro do valor que paga em dinheiro para o vencedor do
Reality Show com as ligações, o que vem depois é sempre lucro, pra enriquecer
cada vez mais os diretores do programa e pra pagar Ferrari 0 km pro Boninho
desfilar por aí.
Boninho, o diretor principal do BBB e sua Ferrari avaliada em milhões de reais.
Confesso que com meus 12, 13 anos, também acompanhava
fielmente o Big Brother. Mas com o tempo, a ordem natural das coisas para
pessoas normais é evoluir e se tornar cada vez mais crítico. Com o tempo, não
só eu, mas muitos outros adolescentes foram reparando que aquele programa é
manipulado desde o início. Ninguém ali é selecionado por vídeo, mas sim “a
dedo” em baladas ou agências de modelo por aí. Não é o teu voto que faz a diferença
no paredão, fica quem a Globo QUER. Plateia que torce em dia de eliminação?
Contratados. Pois é, o tempo passa e com quase 18 anos já é hora de dar um
basta nesse insulto à inteligência alheia, certo? ERRADO. O que eu mais vejo em
redes sociais, transportes públicos e até mesmo na faculdade são pessoas
“maduras” comentando e valorizando um programa sem valor cultural algum, e que
além de ser “nivelado por baixo” ainda faz milhões de reais e dá altos pontos
de audiência para sua emissora.
Qual é, galera? Vamos começar a ter consciência de que até o
Pedro Bial deve rir da cara de quem acompanha um programa pífio como aquele.
Ele é um cara estudado, inteligente, sabe discernir muito bem um programa bom
de um programa ruim, e apesar de ser o apresentador das 12 edições, ele tem
noção de que aquilo é ridículo e até cômico de tão idiota que é. Muita gente no
nosso país pode trabalhar a vida INTEIRA e guardar a renda sem gastar um
centavo, e mesmo assim não vai conseguir juntar o dinheiro daquele prêmio que é
dado pra pessoas que não batalharam nem um pouco pra conquistar tamanha
fortuna.
Ao invés de passar o dia votando no vencedor do BBB, vamos
estudar um pouco mais. Vamos ler mais, buscar mais informações, ter mais noção
da constituição do nosso país e por fim, nos tornarmos uma geração inteligente
e diferenciada, que não aceita qualquer coisa e que não admite ter sua
inteligência insultada por programas tão inúteis. Essa mudança de postura é
necessária, porque quando a nação se tornar um pouco mais inteligente,
programas como o BBB serão extintos, não só a Globo, mas todas as emissoras vão
ser obrigadas a transmitir conteúdo de qualidade para a população. Enquanto a
postura da nação não mudar, emissoras de TV vão continuar lucrando sempre com o
MÍNIMO de qualidade, e os homens de Brasília... Ah, esses vão continuar
atropelando os nossos direitos e rindo da cara do brasileiro com os bolsos (ou
cuecas) cheios de dinheiro.
Guilherme
Olimpio
Obs:
Vamos parar de ser enganados.
Leveza pra vocês.
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