quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Lições de 2012 - (Último Post do Ano)


Mais um ano está chegando ao fim. 2012 está acabando e com ele levando todas as “ameaças” e teorias sobre o fim do planeta. O “temido” dia 21/12 e as teorias Maias, no fim das contas, só serviram para ser usadas como piadas mal feitas na internet. 2012 deixará saudades para alguns e para outros nem tanto. E por ter sido o ponto de início do Blog Levemente, nada mais justo do que compartilhar com vocês, algumas das minhas emoções, decepções e lições aprendidas no “ano do fim”.


A princípio, 2012 começou como todos os outros anos. O mês de Janeiro parece uma ressaca de 31 dias seguidos, e nada de muito importante ocorreu ali. Porém, em Fevereiro, mais precisamente no dia 6, passei a me dedicar ao “Projeto Levemente” ao lado do Sales. Não sei quantos de vocês acreditava no sucesso do Blog, o fato é que, posso afirmar, que muitos aqui duvidavam da “continuidade” do mesmo... Se íamos conseguir ou não nos dedicar semanalmente aos posts e cumprir devidamente o compromisso que tínhamos acabado de assumir. Nossos principais inimigos eu já conhecia: Disposição para conciliar a vida pessoal com o trabalho aqui realizado, e as redes sociais: Twitter, Facebook, Tumblr ou qualquer outro site de entretenimento na internet. Afinal, a geração de hoje não é lá muito fã de leitura, e por que perder tempo LENDO um Blog quando posso simplesmente perder horas no chat do Facebook ou ficar respondendo anônimos retardados no “Ask.Fm”? Esse era o maior desafio, mas após 10 meses de Blog, finalmente conseguimos ter nosso próprio público, e sou muito grato pelo apoio de todos vocês.

Em 2012, aprendi lições preciosas sobre a vida, e que com certeza, levarei pelo resto dela. Finalmente percebi que só damos valor para professores “chatos” que pegam no nosso pé no Ensino Médio, que quase IMPLORAM pra que a gente estude, quando lidamos com a “indiferença” de (alguns) professores universitários. Após viver 18 anos, foi em 2012 também que aprendi que GRANDES amizades podem ser destruídas por interesses próprios. Finalmente compreendi que essas GRANDES amizades podem ser completamente abaladas e destruídas da noite pro dia, mas que essa mesma grandeza que um dia existiu, irá “juntar todos os cacos” e consertá-la novamente.


Em 2012 eu aprendi, a “fazer tudo aquilo que eu tenho vontade”, mas, que a vida cobra caro para que algumas dessas vontades sejam saciadas. Em 2012, por mais de uma vez, fui inconsequente e irresponsável. Não me importei com os sentimentos de pessoas importantes e descobri da pior maneira possível, que eu talvez só goste de “quem não presta”. As pessoas boas? Bom, essas eu deixo irem embora da minha vida.

Em 2012, fui chamado de canalha por mais de uma vez. Isso foi bom. Finalmente entendi que ninguém nasce canalha, inconsequente, indiferente e filho da puta. As pessoas te transformam nesse “monstro” depois de tanto te decepcionarem, pra meses depois apontarem o dedo na sua cara e dizer: “Você não é mais o mesmo que eu conheci”. As pessoas não sentem falta de como você era antes, na verdade, elas sentem falta das suas fraquezas e de poder te manipular por saber que no fim das contas, você se importava demais.

Em 2012 eu aprendi a lidar melhor com o meu orgulho e controla-lo nos momentos certos, mas não me esquecendo de deixá-lo tomar conta de mim para me afastar de pessoas que já não me faziam bem. Em 2012 eu aprendi a não deixar tanto minhas fraquezas à mostra e a “falar cada vez menos”, afinal, no mundo em que vivemos, tudo aquilo que você fala hoje poderá ser usado CONTRA você no dia de amanhã.

Por fim, a maior lição de 2012 é uma só: Pode existir um belo dia de sol até mesmo por trás de fins anunciados (se é que vocês me entendem). Que o ano seguinte seja cheio de paz, saúde e orgasmos múltiplos. Façam tudo aquilo que vocês desejam, mas sempre com cuidado. Preservem as amizades e saibam que amor próprio e autossuficiência não são sinônimos de egoísmo. Que os planos da meia noite do dia 01/01, por fim, saiam do papel e que cada um aqui não se esqueça de quem realmente é. Um feliz e LEVÍSSIMO 2013 à todos vocês.

Guilherme Olimpio


Obs.: Gostaria de mandar o meu MUITO OBRIGADO ao Alex Sales por ter acreditado e se esforçado para o sucesso do Blog, e ao Vinícius Fernandes por ter nos ajudado a dar continuidade a tudo isso. Gostaria também de agradecer a TODOS vocês (sem exceção) que por pelo menos uma vez, abriram essa página azul para prestar atenção no conteúdo aqui lançado. Obrigado a todos que compartilharam incansavelmente os posts e o NOME do Blog Levemente através de suas redes sociais. Levemente agora, só em 2013. Fiquem com Deus. Beijos do MITOLIMPIO (adoro fechar o post com humildade). 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Rótulo: qual é o seu?


“Nerd, gay, marginal, crente, otário, lésbica, estressado, burro, obeso...” e por aí vai. Essas são algumas definições que algumas pessoas dão para outras pessoas, e muitas vezes sem saber o que essas outras pessoas são, pensam ou sem saber o porquê agem de tal forma. E essas definições, também conhecidas como rótulos, são uma parte de um problema gigante do ser humano: o preconceito.

Mas, voltando aos rótulos, ultimamente ando pensando no motivo pra isso tudo existir. Por que nós temos tanta necessidade em rotular as coisas? “Ele ouve rock, ele é satanista” – “Ele ouve funk, é bandido” – “Ela usa saia pequena, é vadia”. Muitas vezes, a pessoa vive a vida julgando o mundo ao seu redor e esquece de viver a sua própria vida. E esquece do mais importante: quem julga, será julgado (e o julgamento será pior).



Outros rótulos que existem são os rótulos de relacionamento. “Mas, espera aí... É um relacionamento sério, ficando sério, ficando, amizade colorida, amizade, casamento, divórcio, separação, parceiros sexuais, estão se conhecendo, colegas, ou o quê?”. Com tantos rótulos assim, começo a pensar que relacionamento está à venda no mercado.

O problema de tudo isso não são os adjetivos em si, mas sim em como eles estão se tornando cada vez mais importantes que o próprio sujeito. E isso pode estragar uma amizade que já existe ou possa vir a existir. Somos predestinados a julgar sem conhecer, e deveríamos nos esforçar pra melhorar este quadro. Até porque, a vida é muito curta pra você perder seu tempo achando que uma pessoa é tal coisa sem ao menos falar um “olá” para esta pessoa, ou tentando encontrar alguma definição pro seu relacionamento, não é mesmo?

Viva a vida mais leve, sem julgar, sem rotular, sem colocar o adjetivo na frente do sujeito. O preconceito é uma barreira que deve ser quebrada e os rótulos não devem existir antes que você realmente conheça alguém. O mundo é feito de humanos. E humanos só vivem em harmonia quando há respeito e amizade (nossa, ficou bonito isso, hein?). Aquele abraço!

Alex Sales

OBS.: Ontem eu e os dois rapazes que escrevem nesta bagaça gravamos o nosso vídeo ESPECIAL DE FIM DE ANO NATALINO DO FIM DO MUNDO + GROSELHAS DO TITIO. Em breve, estará lá, no nosso VLÓGUERSON. Uma ótima semana a vocês!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

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     Boooooa noite pessoal, tudo bem com vocês? Bom, hoje meu dia foi corrido e não deu pra elaborar um tema que seja do interesse da maioria de vocês. Entretanto, diante de tal circunstância, decidi escrever sobre a maior de todas as brisas que eu carrego junto comigo.  Sério, de verdade, é uma coisa que quando eu penso começo a ficar maluco, e o fato de eu saber que eu nunca vou encontrar a resposta me deixa mais maluco ainda. Então não se assuste, não é nada que você nunca tenha pensado antes. Aliás, tem gente que acha que falar sobre isso é coisa de físico-cientista maluco. Eu penso o contrário, acho que, pelo menos uma vez na vida, todo ser humano já se questionou sobre isso: De onde vem o mundo? 

     As vezes olho pro céu e fico me perguntando de onde foi que eu vim, de onde foi que o mundo veio. Como é que raios se formou uma planeta, com tudo perfeito!? E pior, como é que se formou um ser capaz de pensar, de agir, de criar, seja a ciência, a filosofia ou a arte. De onde foi que veio a inveja, o ódio, o ciúme? De onde é que surgiu a vida? Eis aí perguntas que desafiam a capacidade intelectual do homem.


   Curioso do jeito que sou, decidi ir atrás de algumas repostas. Só que o engraçado é quanto mais respostas eu tento procurar, mais perguntas eu acho. Lembro que li uma vez em um livro, um excelente livro aliás, chamado "O Mundo de Sofia", que as estrelas que vemos a noite estão a milhões de anos luz aqui da Terra. 
Tá, mas e o que isso significa?
Significa que a luz de lá demora milhões de anos pra chegar aqui, e a luz daqui demora milhões de ano até chegar lá. E se você pensar que existe um observador qualquer naquela estrela agora, nessa exato momento, ele com certeza não estaria te vendo.
- Ué, mas como assim?
Se a luz demora milhões de anos pra chegar até lá, então quer dizer que se um observador tivesse lá nesse momento ele estaria vendo a Terra a milhões de anos atrás. Provavelmente ele estaria vendo um monte de Dinossauros pelados correndo. E vale o mesmo pra gente, e aí que está o curioso. Quando olhamos para o céu e vemos as estrelas nós na verdade estamos vendo o que elas já foram.  

     Que brisa né? Pois é! Mas tem algo muito mais brisado do que isso. Só vou falar disso, fechar o texto, e parar de amolar o seu preciso tempo. Bom, uma vez meu professor narigudo de física disse que existem mais galáxias no universo do que grãos de areia na praia. Admitindo que cada galáxia tem seus bilhões de corpos nos totalizamos aí um número de... sei lá, infinitos corpos, envolvendo sistema solares, estrelas e planetas. Pra resumir todo esse blá-blá-blá que falei aqui, assista a esse vídeo e descubra o quão pequeno nós somos. Ah, e só pra acrescentar, tudo o que vocês verão no vídeo é o que já foi parcialmente descoberto. Pode ser, e bem provável que seja mesmo, que o universo seja bem maior do que o que está no vídeo, os chamados "universos paralelos". Bom, isso aí já são conhecimentos muito específicos e um assunto pra outro dia. (Que eu espero nunca falar,rs)









Vinícius Fernandes



OBS.: Ciência é um assunto que não agrada a maioria, porém acredito que o texto de hoje tenho sido mais de curiosidade do que qualquer outra coisa. 
Finalizo com essa pergunta: De onde é que veio tudo isso?
Boa noite e bom final de semana pra vocês.
Isso é tudo pessoal.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Coragem: ou você tem, ou você não tem.


“Às vezes tudo que precisamos é de 20 segundos de uma coragem insana. Literalmente 20 segundos de bravura destemida. E eu lhe prometo, algo maravilhoso virá disso.”
É com essa frase que eu inicio o meu post de hoje.

Em diversas situações da vida, somos obrigados a tomar decisões arriscadas, que colocam em jogo valores, sentimentos e outros tipos de coisas extremamente importantes. Nessas horas críticas, nossa coragem e instinto para arriscar são fundamentais. Desde a coragem pra chegar “naquela menininha” superinteressante, até a escolha para nossas profissões... Tudo isso envolve coragem.

Muita gente confunde o real significado de coragem. Ser corajoso não significa ser “machão”, bombado, sarado, que peita qualquer um sem medir consequência dos seus atos. Ser corajoso significa muitas vezes, ter a nobreza de se arriscar por causas que sejam ou não do seu interesse.

 

A melhor parte de ter coragem para arriscar, consiste nos benefícios que isso traz ao ser. Caso você arrisque e consiga, a sensação de realização e “dever cumprido” te deixa mais feliz do que o normal. E caso não consiga, ainda assim sua consciência fica tranquila, naquele estado de “não consegui, mas não foi por falta de tentativa”.

Por isso, a dica que eu dou pra vocês é uma só: ARRISQUEM. Lembre-se sempre de que o “Não” você já tem, e de que o mundo sempre diz que você não vai conseguir. Qualquer sim, e tudo aquilo que vier de POSITIVO, já te deixa no lucro. Tudo isso é mais fácil pros jovens. Pelo fato de sermos mais “inconsequentes” que os adultos, arriscar em situações extremamente complexas é tarefa fácil e conseguimos tirar de letra.

Arrisquem meus caros, arrisquem.

Guilherme Olimpio

OBS.: E ontem os viadinhos Alex Sales e Vinícius Fernandes se formaram no Ensino Médio. Gostaria de dedicar essa “Obs” a eles, pois muitas pessoas fazem mil e uma piadinhas sobre o UNASP, mas só quem já se formou por lá sabe o quanto é difícil. Parabéns, Sales. Parabéns Viní. Muito sucesso pra vocês.
E ah... Vocês são gays. 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Soltem a prosa que está presa.


Manifestações culturais caminham ao lado do homem, desde sua existência até os dias atuais. O homem sempre foi livre para compor, cantar, se expor, pintar, e compartilhar as suas ideias de maneira criativa. Porém, com o mundo cada vez mais globalizado, a produção cultural passou por alterações (assim como todos nós), e muitas vezes as manifestações, antigamente consideradas livres, se tornaram mais um produto a ser adquirido e consumido rapidamente por nós, seres humanos.

A evolução do mundo caminha num ritmo acelerado, abrangendo todos os campos, e até mesmo nas manifestações culturais. Empresas de produção cultural se tornaram verdadeiros monopólios, e com isso veio o abuso nos preços de suas mercadorias. O que antes se conseguia de uma maneira fácil e livre, hoje está enquadrado, embalado e etiquetado numa prateleira. A criatividade, os sentimentos expressos e o pensamento do artista viraram um produto que tem apenas uma função: tornar-se uma fonte de renda.

“Ah, Alex... Mas você só tá pensando em comprar CDs mais baratos e baixá-los na Internet! Você não tá pensando no artista, ele também tem que ter uma renda!”. Sim. Ele tem. Mas é necessário ser tão abusivo assim? E, por muitas vezes, não julgo o artista em si. Muitas vezes ele não tem nada a ver com isso. Mas, existem muuuuuitas pessoas envolvidas nesse meio que ganham muito com isso. Pessoas que controlam a cultura, ganham rios de dinheiro e estão pouco se lixando para o resto. Não querem nem saber se aquela canção que fez um sucesso tremendo é realmente de qualidade. Até porque... Com o dinheiro no bolso, dane-se o resto, não é mesmo?

Para embasar a minha opinião, peço que os senhores leiam um pouco mais sobre O Teatro Mágico, um projeto incrível de um cara incrível, chamado Fernando Anitelli, que une teatro, circo, música e poesia de uma forma única, fascinante e totalmente livre. Conheça a trupe clicando aqui, e fique com um vídeo de uma música deles, chamada “Pena”, que me inspirou a escrever o post:

Amanheça brilhando mais forte!

Um mundo onde “refrão” é sinônimo de “cifrão” e um mundo onde a prosa do escritor se prende a uma embalagem não é um mundo onde as coisas caminham do jeito que devem caminhar. Esse mundo não anda valendo o mundo, meu bem.

Abraço, galera!

Alex Sales

OBS.: Está sentindo que sabe que é um tanto bem maior? Bom, bom... Muito bom! Abraço, galera... Segunda-feira tem mais! Não esquece de curtir nossa página no Facebook, seguir-nos no Twitter e conferir nosso vlog!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

FORÇA SEMPRE! (Participação Especial)

Olá, Galera Levemente. Como vão? Meu nome é Victor Hugo Souza, e sou leitor do blog há alguns meses. Hoje os meninos, Guilherme, Vinicius e Alex, me deram a oportunidade de vir soltar umas palavrinhas, e aqui estou. Espero que todos gostem e que tenham uma boa dose de reflexão após ler o texto ‘’Força!’’. E não se esqueçam: poderemos nos ver em breve novamente. 

Antes de mais nada, gostaria de explicar o título do texto. Acontece que, desde os meu doze anos, estou acostumado a abrir cd´s da Legião Urbana e ver escrito nos encartes ‘’Força Sempre’’, e tal frase mudou completamente a minha vida. E até hoje me pergunto: como pode haver tanta energia em uma frase tão sucinta?! É, pra quem não conhece, saiba que Renato é o maior compositor que já passou por este mundo. Mas, vamos lá, vamos ao que interessa.


Como o texto fala sobre Força!, é óbvio que ele tem a ver com… sofrimento. O que vocês tem a me dizer desse sofrimento que todos os dias disfarçamos de sorriso? E essa vontade de gritar todas as suas dores para o mundo ao invés de responder : sim, está tudo ótimo, quando perguntado? E o fato das pessoas não te entenderem e falarem na sua cara: ‘’credo!, você está sofrendo por isso?’’? E aquela sensação de estar completamente sozinho mesmo quando se está rodeado por inúmeras pessoas? E as lágrimas se misturando com a água da chuva, sem você saber diferenciar qual é qual? E a angústia? E a sensação de que um sonho é impossível, e que não há mais saída? E a falta de vontade de VIVER, pois só pensamos naquilo que está torturando a nossa alma?


É, viver é uma coisa perigosa, e cada um sabe o tamanho da cruz que carrega dentro da própria alma, seja pequena ou imensurável, (independentemente do tamanho, nenhum sofrimento é insignificante). Seja por uma desilusão em relação a uma terceira pessoa, perda de um familiar ou amigo, problemas dentro do próprio lar, bullyng dentro da escola, frustração e falta de reconhecimento dentro do próprio serviço…
Sei que, por vezes, a vontade é de não sair da cama, não é mesmo?! E então levantamos e pensamos – ‘’mais um dia, mais do mesmo, nada mudou!’’ -, e colocamos no piloto automático, vestimos a nossa máscara e vamos nos esconder da vida (sim, pois é impossível encará-la vestindo uma máscara de ‘’tá-tudo-bem’’). E sei que por vezes você já tentou lutar, já moveu mundos e fundos e gastou todas as suas energias em algo que acabou se tornando uma frustração e gerando uma dor excepcionalmente insuportável. E é aí que mora o perigo, pois o nosso psicológico foi tão torturado que não conseguimos mais encontrar forças para mudar as coisas, o que gera a POSTURA DA ACEITAÇÃO, que é esperar o tempo, a sorte e deus mudarem as coisas. E mesmo assim ‘’vivemos’’ a vida, e rimos com os amigos na escola e no bar tomando cerveja – ‘’Os bares estão cheios de almas tão vazias…’’ - (ver Criolo*), e enchemos a cara na balada para (embora neguem e falem que é pra curtir) afogar as mágoas, e entramos no Facebook para compartilhar uma vida mentirosa (você já reparou que em redes sociais todos os casais são perfeitos, todas as pessoas LUTAM por seus sonhos (hahahaha!), são descoladas e participantes do GreenPeace?). E após nos esconder durante todo o dia, desabamos na cama e confessamos pro travesseiro (através das lágrimas) tudo aquilo que nos aflige. 

(NÃO SE ENVERGONHE DE SUAS LÁGRIMAS. SE VOCÊ AS TEM EM ABUNDÂNCIA, ISSO É SINAL DE QUE SEUS SENTIMENTOS SÃO ABSOLUTAMENTE VERDADEIROS, E QUE SUA DOR É GENUÍNA, E NÃO FRUTO DE DESEJOS FÚTEIS QUE NÃO FORAM REALIZADOS).

Mas, é aí que tá: o que fazer para mudar isso? O que fazemos para transformar o nosso sofrimento em felicidade? NADA. N-A-D-A. Absolutamente nada. Por incrível que pareça, hoje, o ser-humano em geral prefere se acomodar a infelicidade do que ter que ‘’levantar a bunda da cadeira’’ para lutar (e sofrer) por aquilo que se quer. Temos medo do sofrimento, não queremos correr riscos, mentimos para nós mesmos dizendo que assim está tudo bem, não é mesmo? Entretanto, Drummond disse: esquivando-se do sofrimento, esquiva-se também da felicidade. Certo?!

Façamos o quê, então, quando estamos desesperançados, quando não vemos mais saída? LUTAMOS, é claro. Inclusive usarei as palavras de um ídolo e ícone do cinema para ilustrar o que quero dizer: Seja forte! Encare a vida! Amanhã os pássaros cantarão (ver Chaplin em Luzes da Cidade*). E por que temos que lutar? Porque queremos que a felicidade faça morada em nossa vida. A Felicidade é o bem supremo do ser-humano, certo?! Portanto, se você não for uma pessoa realmente feliz, você não estará vivendo, estará apenas de passagem, pois engana-se quem pensa que Satisfação e Felicidade são irmãs. Pelo contrário, existe um abismo entre as duas.

Pois lutemos, irmãos. Se as coisas não derem certo na primeira tentativa, tente de novo, de novo, e de novo.  Jamais desista. Jamais abaixe a cabeça. Jamais deixe-se esmorecer. “A persistência realiza coisas impossíveis’’ (provérbio chinês). E você verá que não existe coisa mais linda nessa vida do que aquilo que chamamos de ‘Um Dia Após o Outro’, e que o tempo (com a nossa ajuda, claro) se encarrega de tudo. Sejamos mais verdadeiros com a nossa realidade, e, caso algo esteja errado, por mais que seja difícil, tire forças do fundo da sua alma para mudá-la. Portanto, Força Sempre!, pra mim, para você e para todo mundo. 


Erga os olhos! Erga os olhos!

Um abraço,


Victor Hugo Souza

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

"Aquarela do Brasil"


      O Brasil é o pais da corrupção, da desigualdade social, do medo e da fome, mas também é o país que "finge" que nada disso existe. Vivemos em um país onde a maioria da população não faz a mínima ideia do que é que se passa por trás daquele "botãozinho verde" que apertam no dia de eleição. É no país do futebol, do samba, do carnaval que enquanto alguns ganham BI-lhões outros não tem nem se quer o que comer. Isso me deixa PUTO. É tanta coisa podre que acontece nesse país que, me desculpem os patriotas, não tenho o mínimo orgulho de dizer: "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor". 

     Orgulho? Orgulho do que, me fala? Orgulho de morar em um país onde o medo, a insegurança, são protagonistas de uma realidade urbana? Amor a um país onde a imprensa camufla os problemas sociais com programas de entretenimento em massa? Orgulho e amor a um lugar onde o meu, o seu, o nosso dinheiro é desviado por uma série de políticos que usam o mesmo em benefício próprio, é isso?  Sendo que essa porra toda era pra estar sendo investida na educação, na saúde e na segurança? Alias, esses filhas da puta até andam investindo dinheiro em uma coisa que a imprensa diz que é de extrema importância para o crescimento do Brasil: construção de estádios de futebol. PUTA QUE PARIU, como é que em um país onde o nível educacional chega ao extremo do ridículo investe na construção de estádios, como se isso fosse a coisa mais comum do mundo? E o engraçado é que nós ainda temos a cara de pau de dizer: "Nossa, é um orgulho ter o meu país como sede do maior evento esportivo mundial."

    E depois que essa porra de Copa de Mundo e Olimpíadas passarem? O que vão fazer com os estádios? Porque pra manter um ginásio daquele tamanho é necessário uma puta grana. Em média é gasto cerca de dez milhões de reais na manutenção de um único estádio. Estou até vendo, aposto que vai acontecer em alguns estados brasileiros o que está acontecendo agora na África-do-Sul. Dois anos após a copa, o governo dos "bafana-bafana"(África-do-Sul) está cogitando seriamente a possibilidade da DEMOLIÇÃO de alguns estádios que foram construídos para o evento futebolístico. Cara, quem garante que essa porra vai ser diferente aqui no Brasil? Quem garante que não será investido bilhões de reais na construção de um estádio pra depois ser gastado mais uma fortuna em sua demolição? Enfim, fica a dúvida.

    Bom, pra que construir escolas e hospitais se é de futebol que a população precisa? AAAAAH, QUE RAIVA. Cara, onde é que está o nexo em tudo isso, pelo amor de Deus, me fala? Na verdade eu até consigo entender, mesmo que parcialmente, o porque de tudo isso. O governo não investe em educação porque não é de seu interesse que a massa mantenha-se informada. Isso mesmo, eles não querem que você se preocupe com problemas sociais, não querem formar cidadãos que protestem contra o sistema e, principalmente, não querem que nós tenhamos o senso crítico. 

    Sei que minha opinião não é nada comparado ao poder que o sistema possui, mas eu digo, pra qualquer um, que não sou a favor dessa porcaria de Copa do mundo aqui nesse país. O que isso vai mudar? Porra nenhuma, mas foda-se, é o que eu penso e só queria compartilhar isso. Vocês acham mesmo que é justo que sejam investidos BILHÕES de reais em futuros eventos esportivos sendo que tem gente aqui nesse país que NÃO TEM NEM O QUE COMER? Só me diz quem é que vai sair beneficiado com esses futuros eventos esportivos que irão acontecer. Quem é que vai "crescer" com esses eventos? É o pobre? O miserável? Não, é claro que não!


     E eu, achando que já tinha atingido o ápice do asco, me deparei com um comercial da Brahma. O comercial dizia inicialmente essas exatas palavras:  "O Brasil é o país do futebol, mas também é o país das festas". AAH, até agora eu estou tentando entender o porque desse "mas" empregado na frase, mas tudo bem. Enfim, a mensagem que a propaganda quer passar basicamente se consiste no fato de que nós teremos a maior Copa do Mundo e que faremos uma puta festa, bebendo cerveja e gritando GOOOOL.

     Não possuo muitos conhecimentos políticos, mas penso que a solução desse país se encontra na educação, não em futebol. É a educação a principal peça do quebra cabeça pra proporcionar um desenvolvimento COLETIVO pra toda a nação. Só que esses filhas da mãe, ao invés de se preocuparem com isso, estão preocupados em qual estádio vai sediar a abertura da copa. Pare e pense como seriam as coisas se o governo investisse BILHOES, TRILHOES, na educação. Construir escolas fudidas, com a qualidade de ensino mais fudida ainda. Fazer com que a escola pública se torne superior a escola particular. Formar brasileiros civilizados, que possuam o senso crítico, e que, juntos, possam solucionar todos os problemas sociais que acontecem nesse país. Fazer com que as futuras gerações sejam extremamente inteligentes  como no Japão por exemplo, pra que aí sim alguém tenha o orgulho de falar: "Sim, tenho orgulho de ser brasileiro".

      Só pra fechar o texto, queria dizer que este é um assunto muito complexo, que envolve desde conhecimentos históricos até discussões políticas, e um texto só é pequeno para expor esse pensamento. Deixo agora com vocês uma frase, de um ícone do cinema Brasileiro, que muito tem haver com o assunto e que disse algo melhor do que qualquer coisa que falei até agora. Então, de tudo aproveitem apenas isso...

" Agora me responde uma coisa: quem você acha que sustenta tudo isso? ... É, e custa caro, muito caro. O sistema é muito maior do que eu pensava. Não  é atoa que os traficantes, policias, miliciantes, matam tanta gente nas favelas. Não é atoa que existem as favelas. Não é atoa que acontece tantos escândalos em Brasília, que entra governo, sai governo, e a corrupção continua. Pra mudar as coisas vai demorar muito tempo. O sistema é foda, ainda vai morrer muito inocente."
(Capitão Nascimento - Tropa de Elite 2-O inimigo agora é outro)




Vinícius Fernandes


OBS.: É, eu sei que o texto ficou grande. Mas é melhor faze-lo grande do que expressar um assunto tão complexo em pouco espaço.
Peço desculpas, a todos os adultos, pela minha falta de educação causada pelo uso excessivo de palavrões. Se você é adolescente, é, você me entende. Fato é que estava realmente nervoso quando escrevi o texto e ... é, é isso aí.
Boa noite e boa semana pra todos vocês.

Isso é tudo pessoal...