sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A arte de ser criança.


A infância é sem dúvidas uma fase marcante na vida de todo o ser humano. Ser criança é onde aprendemos a discernir de forma básica, o certo do errado. É a fase da curiosidade, do “O QUE É ISSO?” e também de descobrir que não se colocam brinquedos, peças e insetos na boca. Talvez seja a época de nossas vidas onde mais estamos apegados aos nossos pais, afinal, aprendemos a maioria das coisas com eles, transformando-os desde cedo numa espécie de espelho. 

Apesar de todas as maravilhas que cercam a infância, algo vem se tornando preocupante nas crianças de hoje em dia: MUITAS DELAS NÃO SÃO MAIS CRIANÇAS. Como assim Olimpio? Eu vou explicar me usando como exemplo, porém, sei que muitas outras pessoas vão se identificar. Na minha infância, que não faz tanto tempo assim, eu tinha um comportamento que condizia completamente com a minha idade: Comer, dormir, assistir desenhos, chorar de vez em quando, ter medo do escuro, andar de fralda pela casa e mijar nos móveis. As crianças de hoje em dia não. Elas manuseiam iPads melhores que muitos adultos, falam três idiomas, fazem conta de matemática, fazem perguntas sobre sexo cada vez mais cedo, FAZEM sexo cada vez mais cedo e tornam-se pais antes mesmo de decorar as falas do Chaves.



A maior prova disso é que há uns 10, 12 anos atrás, você receber a notícia de que uma menina de 13 ou 14 anos estava grávida era motivo de espanto e tragédia. Hoje em dia? Ah, hoje em dia é “normal” né?! Creio eu que o traço mais marcante de uma criança seja justamente a inocência, algo que muitas delas vêm perdendo nos dias atuais. Com tanta tecnologia e informação disponível no mundo, é normal que as crianças de hoje em dia sejam de fato, um pouco mais inteligentes que as crianças de gerações passadas. Porém, não faz sentido querer transferir habilidades e experiências de outra fase da vida no momento errado. Não se dá, por exemplo, uma Barbie para uma garota de 20 anos esperando que ela brinque com aquilo como se tivesse 8.

Uma criança que “cresce rápido demais”, caminha a passos largos para ser um adulto chato. Daquelas pessoas que se incomodam com atitudes infantis dos mais novos e consequentemente ouvem aquela pergunta em um determinado momento da vida: “Você nunca teve infância?”. Pois é, a resposta na maioria das vezes é NÃO. Por isso, fica aqui o meu apelo, para que nós possamos contribuir para uma infância de verdade para os nossos irmãozinhos, sobrinhos, primos e até filhos daqui uns anos. Ao invés do joguinho no iPhone, incentive-os a conhecer brinquedos clássicos. Porque na nossa infância, rolava tazo, carrinhos de controle remoto e pique-esconde. Hoje em dia a criançada posta foto no Instagram, diz que sofre de amor nas redes sociais e até faz sexo por aí. Alguma coisa está errada, não acham?

Encerro esse post com um trecho da música “Lugar ao Sol” do Charlie Brown Junior:
 “Ainda vejo o mundo com os olhos de criança, que só quer brincar, e não tanta responsa”.

E os autores do Levemente também já foram pirralhos, vejam algumas pérolas das nossas infâncias nas imagens abaixo. FELIZ DIA DAS CRIANÇAS.





Guilherme Olimpio

Obs.: Assistam nosso primeiro vídeo do Vlog e se inscrevam no nosso canal do Youtube
http://www.youtube.com/watch?v=lYjgKw1e-vE&feature=g-u-u
Valeu.

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