As pessoas carregam consigo inúmeros dons. Dos mais
“simples” e conhecidos como a fala ou escrita, aos mais complexos como o desenvolvimento de cálculos ou transformações surpreendentes. Um dos dons em comum que os seres
humanos têm uns com os outros é o de FINGIR.
Nós, inegavelmente fingimos o tempo inteiro. Seja de uma
forma inocente ou descarada. Por muitas vezes, fingimos estar felizes quando na
verdade nosso coração está cheio de mágoa ou rancor... Tudo isso pra não sermos
obrigados a compartilhar de nossa tristeza com outras pessoas, por mais
próximas que sejam.
Outros fingem por prazer ou benefício próprio. Maquiar as
reais intenções para se tirar vantagem de uma situação específica não é mais
novidade entre as pessoas. Até na cama algumas mulheres fingem orgasmos apenas
para não “insultar” de certa forma o desempenho de seus parceiros.
No colégio ou faculdade, por muitas vezes fingimos estar
interessados em determinada aula, quando na verdade estamos com a cabeça longe,
sem entender uma palavra do que está sendo explicado. Também adoramos fingir
que não temos sentimentos. “Não gosto mais dele (a)” “Não me importo mais”.
Esse tipo de frase, quase sempre é pronunciada com o coração cheio de mágoa e
sentimentos ainda vivos.
Também fingimos ser quem não somos para agradar pessoas que
não gostamos, apenas para nos dar bem ou ser “aceito” no grupinho. O fato é que
todos nós temos motivos para fingir, apesar de não ser uma atitude muito
correta. No entanto, encontramos no fingimento uma maneira de nos proteger de
determinadas situações ou para tentar melhorá-las de forma simples.
E como diria a letra de “Time To Pretend” do MGMT: “Nosso
fardo é fingir”.
Guilherme Olimpio
Obs.: "Que capacidade impiedosa essa minha de fingir ser normal o tempo todo."
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