quarta-feira, 4 de julho de 2012

Fingindo bem, que mal tem?


As pessoas carregam consigo inúmeros dons. Dos mais “simples” e conhecidos como a fala ou escrita, aos mais complexos como o desenvolvimento de cálculos ou transformações surpreendentes. Um dos dons em comum que os seres humanos têm uns com os outros é o de FINGIR.

Nós, inegavelmente fingimos o tempo inteiro. Seja de uma forma inocente ou descarada. Por muitas vezes, fingimos estar felizes quando na verdade nosso coração está cheio de mágoa ou rancor... Tudo isso pra não sermos obrigados a compartilhar de nossa tristeza com outras pessoas, por mais próximas que sejam.

Outros fingem por prazer ou benefício próprio. Maquiar as reais intenções para se tirar vantagem de uma situação específica não é mais novidade entre as pessoas. Até na cama algumas mulheres fingem orgasmos apenas para não “insultar” de certa forma o desempenho de seus parceiros.

No colégio ou faculdade, por muitas vezes fingimos estar interessados em determinada aula, quando na verdade estamos com a cabeça longe, sem entender uma palavra do que está sendo explicado. Também adoramos fingir que não temos sentimentos. “Não gosto mais dele (a)” “Não me importo mais”. Esse tipo de frase, quase sempre é pronunciada com o coração cheio de mágoa e sentimentos ainda vivos.

Também fingimos ser quem não somos para agradar pessoas que não gostamos, apenas para nos dar bem ou ser “aceito” no grupinho. O fato é que todos nós temos motivos para fingir, apesar de não ser uma atitude muito correta. No entanto, encontramos no fingimento uma maneira de nos proteger de determinadas situações ou para tentar melhorá-las de forma simples.

E como diria a letra de “Time To Pretend” do MGMT: “Nosso fardo é fingir”.

Guilherme Olimpio

Obs.: "Que capacidade impiedosa essa minha de fingir ser normal o tempo todo."

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